You are currently viewing A farsa do cigarro eletrônico e seu prejuízo à saúde

A farsa do cigarro eletrônico e seu prejuízo à saúde


Pixabay

O cigarro é o vilão para diversos tipos de câncer, além de outras várias doenças pulmonares e cardiovasculares. E o tabagismo é uma das causas evitáveis de morte.

Tenho me preocupado com o discurso falacioso, principalmente dos jovens, que migraram para o tal cigarro eletrônico que eles denominam de vape. Eles apregoam que é um ótimo substituto do cigarro normal ou do narguilé por ser seguro. Em dez anos, o número de usuários do vape, principalmente no público jovem, saltou para mais de 40 milhões, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O cigarro eletrônico atrai muitos jovens sob o discurso de ser “saudável”. Há milhares de sabores vaporizáveis. Exaltam até a questão tecnológica que encanta a muitos desavisados. Hoje pelo menos 10% dos jovens brasileiros acima de 15 anos de idade são fumantes. Muitos desses jovens acham que o vapor do cigarro eletrônico é inofensivo, o que é bem típico da ingenuidade dessa faixa etária manipulada por interesses inescrupulosos de mercenários.

Embora a Anvisa proíba a comercialização do cigarro eletrônico, muitos adolescentes conseguem importá-lo pela internet ou comprá-lo até no mercado informal, como em festas ou baladas. Alguns influenciadores digitais também prestam um desserviço na divulgação de notícias fakes sobre o cigarro eletrônico. O lobby de alguns maus empresários que compram até certos segmentos da imprensa para espalhar inverdades ou ocultar dados científicos das lesões é um crime contra a saúde pública.

O discurso é que a nicotina, o principal componente psicoativo do cigarro e que causa dependência, não existe no cigarro eletrônico — o que não condiz com a realidade. Pelo contrário, a concentração de nicotina tem sido até maior do que a encontrada no cigarro normal. Com esse discurso falacioso, o cigarro eletrônico vem criando uma multidão de novos dependentes de nicotina. Além do mais, há uma série de substâncias tóxicas menos conhecidas, como vanilina, álcool benzílico e benzaldeído, que causam lesões orgânicas graves. O produto contido no vapor pode incluir substâncias cancerígenas e metais pesados.

Embora o nível de toxicidade em potencial possa ser menor, em relação ao do cigarro convencional, tais danos são consideráveis tenham ou não nicotina no vapor.

Portanto, não acreditem em discursos vazios e sem embasamento científico de que o cigarro eletrônico não causa danos, porque isso não é verdade. Espero que os pais fiquem atentos e vigilantes sobre esse novo risco, pois a desinformação impera.

Deixe um comentário